Quando descobri que estava grávida de quase 3 meses, eu tinha 16 anos e acabara de ter ido morar com a pessoa que eu amo.
Eu nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo. Ser mãe tão jovem e com os estudos inacabados. Não foi nada parecido com meus planos.
Mas aconteceu e mesmo que isso arriscasse uma juventude cheia de conquistas eu nunca iria matar um serzinho que não tem culpa nenhuma de estar ali.
Como era de se esperar, meu namorado reagiu da melhor forma possível. E eu, no primeiro momento também.
Mas com o passar dos dias, nem tantos assim, fui entrando em depressão. A ficha tinha caido! Meus sonhos tinham desmoronado, meus planos tinham adiado, minha vaidade se acabado. Não podia nem ir a escola, que seria em vão por motivo da chegada do neném que seria no mês de agosto. Eu não teria como terminar a o ano.
E chorava todos os dias até o 5° mês de gestação.
Chorava de arrependimento, chorava de desespero, chorava por que minha vida toda iria mudar pra sempre e eu não estava preparada.
E com o passar do tempo, com a mudança do meu corpo, eu chorava por vaidade,
chorava por não ver uma jovem de 16 anos no espelho, chorava por que nunca mais iria ver essa jovem.
Mas com o tempo... mesmo com alguns conflitos na minha mente feminina e jovem,
fui aceitando e amando cada dia mais esse ser que chegaria em poucos meses e eu chamaria de filho(a).
Eu conversava tanto com a 'barriga' que parecia até que o bebê já estava nos meus braços.
Logo escolhi os nomes. Que seria Guilherme para menino, e Manuella para menina.
Eu tive minha preferência sim, não vou negar. Queria um menino.
Mas Deus me abençoou com uma menina, e hoje eu sei porque (não vou contar rs').
Eu não posso omitir, foi um parto doloroso e que me marcou. Um trauma pra vida inteira com certeza.
Mas eu tive duas pessoas ao meu lado, uma de cada vez nos momentos de dor.
Eu tinha direiro a ter um aconpanhante por ser menor de idade.
O 1° foi o meu " namorido" e pai da Manu.
E a 2° , foi a que esteve nos piores momentos e mais especiais também.
No momento do nascimento.
Ela esteve cada momento me dando forças, cada momento chorando, sofrendo junto comigo, sentindo a minha dor, segurando a minha mão.
Aquele momento em que eu olhava nos olhos dela e chamava 'mãe!' como um pedido de socorro é uma cena que eu nunca vou esquecer.
Ela pode ter todos os defeitos do mundo, me tirar do sério ás vezes, ou vice-versa. Mas eu a amo, e esses "arranca-rabos" não mudam nada.
Quando minha filha nasceu eu não tive soluços de grandes emoções como nas novelas, pelo contrário, tive um certo 'despreso' pela dor que eu havia acado de sentir.
Mas foi só dar de mamar pela 1° vez que eu fiquei explodindo por dentro e senti uma certa culpa por ter ficado triste por algum tempo na gravidez.
Hoje, eu acordo com um sorrisão de uma menina muito
sapeca me olhando pedindo 'mamá' rs'
Eu cuido e tenho prazer em cuidar.
Eu a encho de beijoos e carinhos e me sinto realizada como mãe (COMO MÃE).
Ela Faz meus dias mais felizes, ela é o motivo de tanta felicidade.
Eu amo a minha Filha! Manu, minha vida! ♥
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